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CANNABIS E TERAPIA ESPORTIVA: OS BENEFÍCIOS DA CANNABIS PARA O DESEMPENHO E RECUPERAÇÃO DE ATLETAS.

CANNABIS NÃO É DOPING.

É fato: se formos levar em conta que a definição de doping se caracteriza pelo uso de substâncias que aumentem o desempenho de um atleta durante uma competição, dando a ele vantagens injustas sobre seus adversários, a Cannabis jamais deveria ser considerada como tal.

Sua proibição em competições esportivas, aliás, nunca se baseou em comprovação científica acerca de supostos benefícios para o desempenho esportivo durante os eventos– visto que esse tipo de comprovação não existe – mas simplesmente no fato de que, em 1999, ano em que a WADA (Agência Mundial Antidoping) iniciou suas testagens em atletas, a planta ainda era ilegal em praticamente todos os países do globo.


Bem, de lá para cá, felizmente, muita coisa mudou, a legislação evoluiu e a Cannabis, tanto para uso medicinal quanto recreativo, passou a ser permitida em diversos países do mundo, inclusive em mais de 1\3 dos estados norte-americanos, berço da proibição, o que fez com que a instituição retirasse, ainda em 2008, o CBD (canabidiol) da lista de substâncias proibidas em competições esportivas, dando aos atletas profissionais a chance de utilizar esse substrato da planta como tratamento natural e eficaz para diversos problemas típicos de quem compete em alto rendimento, como: dores, inflamações, distúrbios do sono, estresse e ansiedade, por exemplo.

CBD NAS OLIMPÍADAS.

Os avanços na relação do esporte profissional com a planta tiveram um ponto alto, e histórico, agora em 2021. Em Tóquio, pela primeira vez na história, os Jogos Olímpicos permitiram o uso do CBD pelos atletas competidores. Algo que se repetiu nos Jogos Paralímpicos realizados no mesmo ano e, mais recentemente, já em 2022, nos Jogos Olímpicos de Inverno, que foram realizados em Pequim.


Esse fato representa uma vitrine muito importante para o avanço das discussões sobre a legalização da Cannabis, visto que estamos falando do MAIOR EVENTO ESPORTIVO DO PLANETA. E visto também que, em grande parte, esse avanço se deu pelo posicionamento – essencial e corajoso – de diversos atletas, entre eles alguns brasileiros como Pedro Barros – medalhista de prata no skate park – e o maratonista Daniel Chaves, além de outros nomes, como a futebolista norte-americana Megan Rapinoe – eleita melhor jogadora do mundo.


Poder associar os benefícios da planta à prática de esportes de alto rendimento depois de tantos anos de desinformação e preconceito é um avanço enorme e que tende a beneficiar não apenas os atletas profissionais, mas a todas as pessoas que poderiam – e deveriam – ter acesso aos mesmos benefícios para sua saúde física e mental.

O THC CONTINUA NO BANCO.

Apesar de tais avanços, que sem dúvida devem ser celebrados, nem tudo são flores. O THC (Tetrahidrocanabinol), componente psicoativo da planta, segue sendo proibido, ainda que, assim como o CBD, não atue no aumento do desempenho dos atletas durante as competições.


Existe uma regra, inclusive, que limita a 0,3% a porcentagem de THC que pode estar presente nas fórmulas utilizadas pelos atletas.

 

DORES, INFLAMAÇÕES, ANSIEDADE E ESTRESSE.

Conviver com a dor faz parte da vida dos atletas, assim como com o estresse e ansiedade provenientes da necessidade da busca por resultados esportivos a cada dia melhores.

Casos existem, e não são poucos, de atletas que, sufocados pela pressão, sucumbiram: o tricampeão mundial de surfe Gabriel Medina não participou das primeiras etapas do WCT deste ano e continua sem previsão de volta ao campeonato; já a diversas vezes medalhista olímpica e sensação da ginástica profissional norte-americana, Simone Biles, precisou desistir de uma final nas Olimpíadas de Tóquio – algo praticamente impensável para uma atleta profissional – devido a uma crise de estresse.


A boa notícia é que, pelo bem da saúde física e psicológica dos atletas que, afinal, são gente como a gente, o CBD se mostra como um valioso aliado, visto que tem a capacidade de combater dores e inflamações, acelerando e tornando muito menos traumática a recuperação do corpo após treinos e competições, além de atuar na redução da ansiedade e do estresse, regulando o sono – tão importante – e equilibrando corpo e mente na busca pelos melhores resultados.

COMO O CBD AGE NO CORPO DOS ATLETAS.

A principal característica do CBD (canabidiol) interessante para os atletas, profissionais ou amadores, é bom que se diga, talvez seja seu efeito anti-inflamatório.

Depois de praticar atividades físicas intensas é normal que nossos músculos sofram um processo inflamatório devido a pequenas lesões nos tecidos. Esse processo é natural e tende a passar, mas enquanto persiste, ele causa dores e perda de agilidade\mobilidade física, o que, a depender da intensidade, pode se tornar um impeditivo para a continuidade dos treinos.

Com o uso do CBD, o que acontece é que esse processo de recuperação se torna muito mais rápido e confortável, permitindo que o atleta relaxe sua musculatura enquanto o corpo se regenera.

Como explica Francisco Guimarães, professor titular de Farmacologia da Faculdade de Medicina da USP Ribeirão Preto:

“O que o canabidiol pode fazer, ele pode melhorar aspectos que podem prejudicar o desempenho, tipo dor crônica ou exaustão emocional. Ou melhora de problemas crônicos persistentes de sono.”

A cada dia mais atletas profissionais e amadores têm se convencido dos benefícios da Cannabis, mais especificamente do CBD, para a prática de atividades físicas, tanto em óleos como em cremes, comprimidos ou até em balas, um caminho que, felizmente, não parece mais ter volta.

UM NEGÓCIO DE MILHÕES.

O uso da Cannabis na terapia esportiva e para o desempenho dos atletas já é uma realidade. Tanto que o mercado já percebeu esse movimento e tem investido forte no novo nicho.

Um estudo realizado pela Kaya Mind, consultoria brasileira especializada no mercado de Cannabis, já deu a letra: o seguimento esportivo pode gerar negócios de mais de R$ 900 milhões de reais por ano, o que pode representar ainda uma arrecadação de impostos na casa dos R$ 297 milhões anuais.


As projeções, é claro, ainda são exatamente isso: projeções. Porém, por mais otimistas que possam ser, elas já indicam a força e potencial desse mercado que, além da saúde e bem-estar de milhares e milhares de pessoas, tem a capacidade de gerar empregos, renda, movimentar nossa combalida economia e arrecadar impostos que voltarão em benefícios para toda a população, seja ela adepta ou não de práticas esportivas ou do uso da Cannabis em suas diversas formas.


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13 de abril de 2022

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