Mudança na rotina, trabalho remoto, sobrecarga nas tarefas domésticas, medo de contrair a doença, perda de parentes e amigos, falta de socialização e privação das atividades de lazer. Poderíamos listar muitos outros fatores que desencadearam o aumento de casos de pessoas com desequilíbrios psicológicos no Brasil e no mundo nos últimos 2 anos.
O estresse gerado por situações como essas é um dos principais motivadores de alterações emocionais. Lidar com os sentimentos provocados pelas incertezas da pandemia de Covid-19, a condição forçada de um isolamento social e ainda ter que se adaptar a uma mudança completa de vida, foram mais prejudiciais à saúde mental do que se podia imaginar.
Ansiedade, crises de pânico, depressão, insônia, sobrecarga de trabalho e dificuldade de lidar com as tarefas diárias são as principais queixas de pacientes que procuram ajuda de psicólogos e psiquiatras para tratar esses desequilíbrios. Os efeitos colaterais dessas queixas também podem aparecer em comportamentos compulsivos, como na alimentação por exemplo, ou no aumento do consumo de álcool e cigarro.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos mais comuns no Brasil são ansiedade (20 milhões de pessoas) e depressão (12 milhões de pessoas). Com o surgimento da pandemia de Covid-19 esses casos aumentaram ainda mais e é possível afirmar que muitos sequer foram contabilizados devido à falta de acesso a profissionais da área de saúde mental.
Táki Cordás, Professor do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), enfatiza ainda que:
“Os quadros psiquiátricos pós Covid-19 cada vez mais diagnosticados e o fato de que esses quadros podem surgir até três anos após os eventos são outros complicadores de um cenário já alarmante”.
Mas não é só o surgimento de novos casos que preocupa a comunidade médica. Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Psiquiatria, mostrou que 82,9% dos psiquiatras entrevistados perceberam o agravamento dos problemas de saúde mental em pacientes que já tratavam algum tipo de distúrbio e 69,3% voltaram a atender pacientes que já haviam recebido alta. Dentre o perfil das pessoas que mais desencadearam algum tipo de desequilíbrio estão: mulheres, jovens, pessoas com histórico de desordem mental e aqueles que ficaram desempregados.
Também é possível medir o cenário através do surgimento de novas plataformas de apoio e atendimento psiquiátrico e terapêutico online durante a pandemia, a ZenKlub é uma delas. A plataforma de saúde emocional registrou um aumento de 151% nas sessões de terapia só no primeiro semestre de 2021 comparado com o mesmo período do ano anterior. Além disso, as menções a problemas de saúde mental em consultas tiveram uma alta de 1.745%.
O cenário parece se complicar cada vez mais à medida que novas variantes vão surgindo, o “vai e vem” de restrições e toda força tarefa que a readaptação a uma vida normal exige em um momento ainda de crise. O estresse acumulado desses 2 anos de pandemia de Covid-19 ainda deve reverberar pelos próximos anos.
Porém, em meio ao caos, boas notícias surgem no horizonte. À medida que o aumento de doenças psicológicas começou a explodir, novas formas de enfrentamento a elas passaram a serem estudadas e aplicadas. Dentre as novas propostas de tratamentos, uma delas se destacou devido à sua procura: a Cannabis Medicinal. O uso do óleo de cannabis, também conhecido como CBD, passou a ser procurado e prescrito por muitos médicos dado o suporte efetivo no tratamento de casos de ansiedade, insônia e depressão.
Não é de hoje que ouvimos falar sobre os usos e benefícios da Cannabis Medicinal no tratamento de pessoas com esclerose múltipla, Parkinson, transtornos do espectro autista, fibromialgia e outros. Diversos países do mundo já utilizam o CBD (óleo de cannabis medicinal) para tratar doenças e melhorar a qualidade de vida de diversos pacientes.
Aqui no Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), permitiu somente em 2015 a importação de remédios à base de CBD, desde então o número de pacientes cadastrados para compra dos medicamentos era de 10.862. Esse cenário mudou completamente quando em 2020 o número de pacientes mais que dobrou e saltou para 26.885, período em que teve início o isolamento social decretado devido à pandemia.
Anteriormente, no Brasil, o CDB era majoritariamente prescrito para condições como epilepsias graves e transtornos do espectro autista. Mas com o avanço de diversos estudos, os resultados apontam que os cannabinoides têm se mostrado cada vez mais promissores para distúrbios psicológicos e psiquiátricos, oferecendo qualidade de vida e aliviando sintomas.
Diferente dos remédios sintéticos e prescritos usualmente no tratamento de desequilíbrios de ordem mental, a Cannabis Medicinal tem apresentado evidências muito positivas e semelhantes ao uso desses medicamentos, mas com menos efeitos colaterais, o que torna muito mais fácil fazer com que o paciente siga o tratamento.
Thiago Braga, clínico geral, que atua pela Medicina In, clínica que reúne médicos especializados em tratamento com Cannabis Medicinal com atendimento online, explica que:
“São os próprios pacientes que relatam a diminuição da ansiedade e a melhoria da qualidade do sono, assim como a eliminação das dores, o que faz toda a diferença na disposição para o trabalho e para o convívio social. O paciente se sente bem para assumir as tarefas da rotina diária. Isso acontece porque o canabidiol é capaz de se conectar com receptores específicos do cérebro, que atuam diretamente no humor e na disposição das pessoas. Essa conexão possibilita ao CBD diminuir as reações do sistema nervoso. É uma substância usada terapeuticamente para tratar doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas porque tem ação antipsicótica e neuroprotetora.”
A eficácia do uso do CBD, em caso de tratamentos psiquiátricos, se dá pela interação positiva com receptores de serotonina, sendo muito eficazes para atenuar sintomas de ansiedade (e suas variações) e distúrbios do sono. Isso acontece porque a atuação do CBD acontece no sistema endocanabinóide, que é responsável por manter a homeostase do organismo, o que significa mantê-lo em equilíbrio para que funcione corretamente.
Antes de mais nada você precisa saber que: todos nós temos um sistema endocanabinóide. Isso significa que o nosso corpo tem capacidade de receber os benefícios da Cannabis Medicinal através da ingestão do óleo extraído da planta. O que deve ser levado em consideração é o fato de que a interação das propriedades da cannabis com o nosso sistema endocanabinóide é extremamente complexa.
André Steiner, CEO da The Quantic Hub, explica:
“Essa interação pode ser estimulada e modulada por compostos químicos presentes na planta da Cannabis. Os fitocanabinoides e os terpenos da Cannabis ajudam a equilibrar o Sistema Endocanabinoide, trazendo mais qualidade de vida e bem-estar para pacientes em diversos contextos patológicos”.
Para que nosso sistema endocanabinóide responda bem ao tratamento com a Cannabis Medicinal é preciso levar em consideração dois fatores extremamente importantes:
Atualmente existem diversas fórmulas e dosagens disponíveis no mercado, o que não significa que todas, ou mesmo que alguma delas, serve para o seu organismo. É preciso ter acompanhamento médico e, se possível, rastreamento genético para encontrar a fórmula ideal para você.
Se quiser saber mais sobre as fórmulas de Cannabis Medicinal, acesse:
Conheça os tipos e formulações de Cannabis Medicinal e entenda como cada composto atua no organismo.
Diferente dos medicamentos convencionais, a Cannabis Medicinal não tem uma dosagem específica para todas as pessoas, é muito comum vermos em bulas de remédio a relação de peso/dosagem ou até mesmo idade/dosagem. Essa lógica não funciona no tratamento com Cannabis Medicinal.
Para saber qual a fórmula e qual a dosagem certa para o seu organismo é preciso conhecer o seu DNA. 99,9% do nosso DNA é igual ao de qualquer outro ser humano na terra, o que nos torna únicos é 0,1%, e é nessa porcentagem que encontramos a melhor fórmula para que o seu sistema endonacabinóide receba as propriedades medicinais da cannabis.
Com o Endo-DNA é possível descobrir:
Para saber mais sobre o teste genético e ter acesso a informações de como e onde realizá-lo, acesse: Endo-DNA
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