O aumento da ocorrência de doenças genéticas e o surgimento de doenças autoimunes nos últimos anos têm mobilizado o mundo científico em busca de novos tratamentos para pacientes que não respondem mais a tratamentos convencionais. Ciência e tecnologia se uniram para dar largada ao que alguns cientistas chamam de Medicina de Precisão.
O termo tem ganhado cada vez mais espaço, não só no meio cientifico, mas dentro de consultórios médicos, especialmente aqueles que tratam pacientes oncológicos e imunossuprimidos, onde também pode ser conhecido como Medicina Personalizada. Trata-se da utilização do material genético (DNA) como fio condutor para a escolha de um tratamento personalizado.
Dentro dessa perspectiva, a Medicina de Precisão surge não como uma alternativa a tratamentos convencionais, mas como uma nova forma de diagnosticar e prescrever tratamentos possíveis. Ao se utilizar de dados já convencionais como: sintomas, histórico familiar e exames diversos, o perfil genético do paciente também é avaliado. Ao cruzar essas informações, médicos podem então prescrever um tratamento que tenha mais resposta para o perfil do indivíduo e menos efeitos colaterais e toxicidade, como é o caso de tratamentos oncológicos, por exemplo.
A Medicina de Precisão só pôde se tornar realidade graças à Farmacogenética, que é a fusão das áreas de genética, bioquímica e farmacologia. Após anos buscando respostas para pacientes que, com o mesmo perfil, apresentavam reações diferentes para os mesmos tratamentos e aos efeitos tóxicos que eles poderiam causar, cientistas e pesquisadores dessas áreas se uniram para, através do material genético, criar tratamentos personalizados para os mais diversos tipos de doenças.
Mas afinal, como isso funciona na prática?
O uso de testes de material genético para prescrição de tratamentos personalizados já é uma prática bem difundida na área oncológica. Pacientes com câncer de mama, colorretal, bexiga, pulmão, ovário e/ou leucemia, linfoma e melanoma, já podem se beneficiar de “terapias-alvo”, como chamam os médicos, para tratar essas doenças. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer),
“A terapia-alvo é um tipo de tratamento que tem como objetivo atingir um gene específico (anteriormente identificado pelo teste genético) e proteínas que fazem com que o câncer cresça de maneira descontrolada. Ao utilizar um medicamento-alvo, tenta-se impedir que isso aconteça.”
Nestes casos, diferente de quimioterapias convencionais que acabam por destruir não só as células que estão atacando o paciente, mas também as células saudáveis, é possível definir um tratamento que tenha uma resposta mais efetiva e menos tóxica.
Mas não devemos limitar o avanço da ciência e tecnologia apenas para patologias oncológicas, segundo o National Institutes of Health (NIH), em 2017 já existiam mais de 50 mil testes genéticos para mais de 10 mil condições clínicas. Além disso, há também testes genéticos capazes de detectar a propensão no desenvolvimento de doenças degenerativas.
O nosso DNA é 99,9% único. E se pensarmos no DNA como uma estrutura semelhante ao de uma planta arquitetônica, quando descobrimos uma infiltração ou defeito estrutural, não saímos quebrando todas as paredes, certo? Primeiro analisamos a planta, sua estrutura e depois decidimos por onde iremos começar a resolver o problema. Da mesma forma, nosso DNA apresenta uma estrutura única, que por meio do seu sequenciamento, torna possível escolher um tratamento personalizado.
Existe uma ideia muito rasa entre as pessoas que relacionam testes genéticos apenas ao reconhecimento de algum grau de parentesco (paternidade/maternidade), e para tratamentos de casais que desejam engravidar. Embora amplamente utilizado nestes casos, não é apenas para isso que servem os testes de mapeamento genético.
Atualmente é possível identificar a pré-disposição para o desenvolvimento de doenças como: câncer, Síndrome de Down, trombose venosa, hipotireoidismo congênito, autismo, doença de Alzheimer e outras, utilizando o sequenciamento genético. O fato de uma pessoa ter pré-disposição não significa que ela obrigatoriamente irá desenvolver a doença, mas caso desenvolva, é possível traçar um tratamento adequado para o seu gene.
Mas nem só para detectar pré-disposição a doenças e ter um tratamento personalizado servem os testes de sequenciamento genético. É através deles que você também pode melhorar seu bem-estar e qualidade de vida. Ao mapear seu DNA, você está mapeando seu estado completo de saúde, tendo acesso a informações como:
Ou seja, uma infinidade de informações que podem contribuir para que você faça escolhas mais conscientes e alinhadas com o seu DNA e as necessidades do seu corpo.
Assim como testes genéticos são utilizados para personalizar tratamentos e encontrar pré-disposições para o desenvolvimento de diversas doenças, o uso do sequenciamento genético também pode ser aplicado em tratamentos à base de Cannabis Medicinal.
Você sabia que 99,9% do nosso DNA é igual ao de qualquer outra pessoa na terra e somente 0,1% é o que nos faz únicos? Essa pequena porcentagem contém informações valiosas sobre quem somos. É através dela que podemos identificar qual o melhor tipo e dosagem de Cannabis Medicinal para o seu corpo.
Embora ainda seja um tabu falar sobre o uso da Cannabis Medicinal em muitos lugares, devemos compreender que a Cannabis, assim como outras plantas milenares, possui diversas variações. São mais de 10.000 estirpes de Cannabis e Cânhamo atualmente disponíveis e, assim como nós, cada uma delas possui seu próprio DNA. Suas composições de canabinóides (ou seja, TCH, CBD, CBN, THCV) e terpenos (óleos orgânicos e aromáticos), podem variar e responder de forma diferente em cada indivíduo.
Entenda quais informações o EndoDNA (teste genético para identificar o melhor tratamento com Cannabis Medicinal para o seu organismo), pode te dar ao realizá-lo:
Cada um de nós tem um sistema endocannabinóide, que é responsável por colher os benefícios medicinais dos canabinóides e do CBD. Mas os canabinóides e CBD são parceiros extremamente complexos, a interação dos receptores endonnabinóides dentro do nosso sistema é capaz de regular e modular o estresse, as emoções, a digestão, a dor, a função cardiovascular, o sistema imunológico e processos inflamatórios, o desenvolvimento do sistema nervoso, a plasticidade sináptica, os processos de aprendizagem e memória, a coordenação dos movimentos, o metabolismo e gasto energético, a regulação do apetite, o ciclo sono-vigília e até a regulação da temperatura corporal.
André Steiner, Fundador e Diretor da The Quantic Hub, explica que:
“Essa interação pode ser estimulada e modulada por compostos químicos presentes na planta da Cannabis. Os fitocanabinoides e os terpenos da Cannabis ajudam a equilibrar o Sistema Endocanabinóide, trazendo mais qualidade de vida e bem-estar para pacientes em diversos contextos patológicos”.
O EndoDNA é fundamental para traçar um tratamento adequado com a Cannabis Medicinal. Len May, CEO e fundador da EndoCanna, pesquisa e estuda o uso da Cannabis Medicinal há mais de 20 anos nos Estados Unidos e, assim como o André, ele também compreende a importância do teste:
“A endocompatibilidade é uma interseção entre seu código genético único e as propriedades das plantas de cannabis. Cada cultivo tem uma proporção distinta de CBD para THC, juntamente com uma série de outros canabinóides e terpenos, cada um interagindo com seu corpo de uma maneira única. Os resultados personalizados do teste EndoDNA são o que há de melhor no mercado, oferecendo aos consumidores uma incrível variedade de relatórios comprovados pela ciência sobre sua saúde e bem-estar”
Atualmente é possível comprar o teste pela internet, realizá-lo e enviá-lo de volta ao laboratório para receber a análise completa.
Para saber mais sobre o EndoDNA e ficar por dentro do mundo da Cannabis Medicinal, acesse outros conteúdos em nosso Blog e nos acompanhe nas redes sociais.